quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Sobrado de 100 m² ganha quintal e escritório na edícula


Na reforma do sobrado dos anos 40, casal de arquitetos conquista luz, amplitude e até um gostoso quintal - e saboreia uma rotina singela em acomodações práticas

Por Deborah Apsan (visual) e Joana L. Baracuhy (texto) | Projeto DT Estudio | Fotos Marco Antonio







Na hora certa, a mesma recomendação feita aos clientes valeu para os próprios arquitetos: eleger um imóvel antigo para reformar, que, em geral, apresenta melhor distribuição, ambientes amplos e poucos corredores. Fazia pouco tempo que Thais Aquino e Luis Bernardini haviam voltado de uma temporada no exterior e iniciado uma sociedade com um amigo. Também andavam com vontade de juntar as trouxas. Nessa fase da vida, a casinha de vila encontrada por Luis num passeio de verdadeira investigação imobiliária pela zona sul de São Paulo parecia predestinada. “Erguidas 60 anos atrás, as sete unidades foram preservadas por uma nova geração de jovens casais de proprietários”, conta Thais. Com enxutos 100 m², a construção original dava pistas claras de onde estavam estruturas, instalações e do que poderia ser planejado para atualizá-la. Definidos os objetivos, os interessados não deram bobeira – avaliaram os itens básicos (telhado, fundação, elétrica e hidráulica) com a ajuda de um engenheiro e lançaram numa planilha o orçamento dos serviços e revestimentos necessários ao sonho de incrementar o sobrado. “Calculamos tudo na ponta do lápis. Para começar, a casa já tinha dois banheiros, o que traria economia. E, como mexeríamos no piso do térreo, valia aproveitar o quebra-quebra e trocar a rede hidráulica”, explica Luis. O término da negociação de compra foi celebrado como uma vitória (esse tipo de morada é muito concorrido) e marcou o início dos quatro meses em que a dupla acompanhou diariamente a obra. Deu certo, novamente, graças a outra máxima compartilhada pelo casal: é preferível adotar materiais menos luxuosos a abrir mão dos fornecedores de confiança.







Reformar o imóvel da década de 40 foi o gesto inaugural de outra fase para os arquitetos Luis e Thais: agora sob o mesmo teto, o casal saboreia uma rotina singela e amistosa em acomodações práticas, escondidas atrás da fachada antiguinha.








Aberturas pontuais atualizam a planta

Uma única parede veio abaixo para unir os espaços. De resto, houve pequenas mudanças visando melhorar iluminação e ventilação – bastante favorecidas pelo corredor lateral.



Fabio Flaks

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